quinta-feira, 27 de maio de 2010

Things of Life...


Rótulos, Máscaras e Mudanças

Alguém escreveu :

"Nenhum homem, por nenhum período considerável, pode vestir uma cara para si mesmo e outra para a multidão, sem que, finalmente, venha a se confundir completamente sobre qual delas talvez seja a verdadeira."

Será que as pessoas realmente podem mudar? E por que somos rotulados? São questões que podem ser refletidas aqui.

Os Rótulos são engraçados, eles te medem por aparências e futilidades e basta apenas uma pessoa para isso.Uma única pessoa que torne esse ato real e sua vida será praticamente definida.Mas o que as outras pessoas não sabem é que ningúem conhece inteiramente outrém até que escute o que seu coração diz.Rótulos são realmente engraçados mas ,às vezes quando conhecemos alguém que julgamos primarcialmente, podemos nos surpreender, e geralmente quando isso acontece,...acabamos percebendo no quão injusto fomos e no quão idiota o ser humano pode ser.


O fato é que não há como fugir dos rótulos, eles te perseguem a vida inteira...não importa o que você faça, as pessoas irão te rotular, mas é como você supera esses rótulos que realmente importa.

Você já se perguntou Quanto tempo é o bastante para alterar sua vida? São 4 anos de colegial. 5 anos de faculdade e depois? Sua vida pode mudar em um mês? Ou em um único dia? Nós sempre estamos com pressa, para crescer, para ir em lugares, viajar, seguir adiante. Mas quando você é jovem, uma simples e pequena hora pode mudar tudo e definir nossa vida pra sempre.

O resto de nossas vidas é muito tempo, e quer saibamos ou não, está sendo traçado agora mesmo.Podemos escolher culpar o destino, ou má sorte, ou escolhas erradas.Ou podemos lutar.As coisas nem sempre serão justas na vida real.É assim que as coisas são.Mas, na maioria das vezes, nós recebemos o que damos.

Deixe-me perguntar uma coisa : O que é pior?
Não conseguir tudo que você sonhou?Ou conseguir, e descobrir que não é o bastante?O resto de nossas vidas está sendo definido agora mesmo.Com os sonhos que perseguimos, as escolhas que fazemos...E com as pessoas que decidimos ser.O resto da vida é muito tempo...E o resto da sua vida, começa agora.Portanto vamos viver o agora.Não importa se estamos sendo rotulado ou não.As Pessoas mudam? SIM!.. elas podem mudar.


Não mudam apenas porque é mais fácil não mudar.Estamos sempre esperando para que nossas vidas comecem, achando que seremos outra pessoa algum dia.Pura ilusão...Mas, Pelo que estamos esperando?



Tudo que temos é o agora.


Não fujamos disso.

Como já disse em posts anteriores...

Sou 100% a favor de viver a vida ao máximo e tornar o meu presente lindo o bastante para que no futuro ele seja lembrado e apreciado.

That is all.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Conto de Fadas...



Realmente existe?


Sabe quando você era uma garotinha e acreditava em contos de fadas? Aquela fantasia de como sua vida seria – o vestidinho branco, o Príncipe Encantado que iria te carregar até o castelo. Você se deitava na cama à noite, fechava os olhos e acreditava piamente em tudo. No Papai Noel, na Fada dos Dentes, no Príncipe Encantado – eles tavam tão perto de você que dava para sentir o gostinho deles. Mas aí você cresce e um dia você abre os olhos e o conto de fadas desaparece. A maioria das pessoas acabam então se dedicando às coisas e às pessoas em que confiam. Mas o lance é que é difícil se desprender totalmente de um conto de fadas porque quase todo mundo tem um tiquinho de fé e esperança que uma dia eles vão abrir os olhos e tudo aquilo vai se tornar realidade.
Ao final de um dia, a fé se torna uma coisa engraçada. Ela aparece quando você menos espera. É como se, um dia qualquer, você percebesse que o conto de fadas é um pouco diferente do seu sonho. O castelo pode não ser bem um castelo. E que não é tão importante ter um “felizes para sempre” e sim um “felizes nesse exato momento”. E, uma vez ou outra, as pessoas podem até te deixar sem fôlego e surpreender.

Meredith Grey.
Uma musica que traduz bem esse pensamento...

Forro Malino - Conto de fadas

A vida quase sempre nos ilude
E a ilusão é o que nos faz felizes
Amar é uma questão de atitude
Amantes são atores e atrizes

Você que nunca mais olhou pro lado
Depois que seu amado foi embora
Vivia no seu mundo encantado
Sorria de amor agora chora

Faz tempo que não vejo alegria em seu olhar
Faz tempo que a tristeza fez morada no seu peito
Princesa esperando o seu príncipe chegar
E se ele não vem?, e se ele não vier?

Cinderela, Rapunzel, Bela Adormecida
Tua história um dia alguém irá contar
Quando o príncipe chegar
Diga que ele se atrasou
Faça o seu final feliz, meu amor!!!

domingo, 23 de maio de 2010

Peaceful Warrior...

Poder além da vida

Este maravilhoso filme é um relato baseado em fatos reais de um talentoso ginasta adolescente que sonha em participar das Olimpíadas. Como todo adolescente atleta , tem tudo o que um garoto da sua idade pode querer: troféus, amigos, motocicletas e mulheres. Certo dia seu mundo vira de pernas para o ar, quando conhece um misterioso estrangeiro ao qual apelidou de Sócrates, cujo precisará de sua ajuda para superar todos os seus problemas.

Na vida, é preciso estar preparado para surpresas ,encontros e desencontros.Ás vezes um fato acidental muda os rumos de nossos caminhos, levando-nos a navegar por verdes mares bravos ou na calmaria de um céu de brigadeiro (nunca se sabe) .Mas...e se nada for por acaso? E se estivermos o tempo todo errados a respeito de nossas vidas ou de como temos conduzido nossos destinos?



Vale a pena dá uma conferida.

Eu aconselho ;
*

sábado, 22 de maio de 2010

Stranger Than Fiction...


Se a sua vida fosse um livro, como seria?

Stranger Than Fiction (Mais Estranho que a Ficção) é um filme lançado no ano de 2006 que relata basicamente sobre isso.A comédia surreal em questão tem como personagem principal o ator Will Ferrell numa atuação contida, enxuta, diferente da maioria de seus filmes cômicos) no papel do homem aparentemente comum da cidade de Los Angeles, Harold Crick (Auditor da Receita Federal), cuja vida é de uma rotina maçante: levanta diariamente no mesmo horário; dá o mesmo número de escovadas no mesmo horário; pega o ônibus para o seu trabalho às 8h16; trabalha como fiscal do imposto de renda numa rotina cansativa; não tem amigos além do âmbito profissional; volta para casa no ônibus das 18 horas; assiste televisão e aí vai dormir às 23 horas.Até que sua vida muda drasticamente quando de repente começa a ouvir uma voz feminina narrando todos os seus atos e pensamentos inclusive sobre como será a sua morte.


O filme apesar de ser uma comédia trata uma questão super interessante à respeito da nossa vida.Sobre se realmente escolhemos nossas ações ou se interpretamos um papel de protagonista.

Podemos interferir no que já está escrito?

Essa é uma das questões de que trata o filme e que vale a pena dar uma conferida.

Vou postar uma passagem do filme

"Algumas vezes quando nos perdemos no medo e no desespero, na rotina e constância, na falta de esperança e drama, podemos agradecer a Deus por biscoitos de açúcar da bavária.E felizmente quando não existem biscoitos ainda podemos encontrar segurança em um toque familiar na nossa pele ou em um gesto gentil e amoroso, um sutil encorajamento, um abraço amoroso, uma oferta de conforto e... talvez um ocasional pedaço de ficção.Precisamos lembrar que todas essas coisas : as nuances, as anomalias , as sutilezas as quais presumimos que são acessórios dos nossos dias estão, de fato aqui por uma causa muito maior e mais nobre : Estão aqui para salvar nossas vidas.

Sei que a idéia parece estranha.
Mas também sei que isso só acontece por ser verdade. "


Se vocês acharam interessante o filme e quiserem baixar aqui está o link para download :

http://www.megaupload.com/?d=3WRJTOWX


O filme é muito bom.

Eu aconselho ;*

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Comer, Rezar , Amar...


ATENÇÃO

Os outros capítulos postarei numa outra oportunidade...Neste post gostaria de compartilhar uma citação.

Ultimamente ando lendo o livro "Comer , Rezar e Amar". Apesar do título peculiar, está sendo um excelente companheiro em minhas viagens à faculdade e nas voltas para casa.Ainda não o terminei porém uma parte dele me intrigou e gostaria de compartilhar aqui com vocês citando-o, pois me identifiquei e muito com essa passagem...

"...Você se apaixonou por uma pessoa e daí?? não entende o que aconteceu? esse cara tocou um lugar do seu coração mais profundo do que você pensava que era capaz de alcançar.Em outras palavras você foi fisgada, mas esse amor que você sentiu foi só o começo, isso é só o amor mortal, limitado, café com leite.Espere pra ver como você é capaz de amar mais profundamente do que isso.

Você tem a capacidade de um dia AMAR O MUNDO INTEIRO... é o seu destino.

Provavelmente ele era sua alma gêmea.. o problema é que as pessoas não entendem o que essa expressao significa.Acham que a alma gêmea é o encaixe perfeito e é isso que todo mundo quer... mas a verdadeira alma gêmea é um espelho, a pessoa que mostra tudo o que está prendendo você.A pessoa que chama a sua atencao para você mesma,para que você possa mudar a sua vida.Uma verdadeira alma gemea é provavelmente a pessoa mais importante que você vai conhecer porque elas derrubam as suas paredes e te acordam com um tapa, mas viver com uma alma gêmea pra sempre ?? NÃO! dói demais.

As almas gêmeas só entram na sua vida para revelar a você uma outra camada de você mesma e depois vão embora... acabou.O problema é que as pessoas não conseguem aceitar que sempre tem um prazo de validade bem curto.

Se você liberar todo esse espaço na sua mente que está usando agora na sua obsessão por esse cara, vai descobrir um vazio ali ,um espaço aberto, uma entrada e advinhe? O universo vai entrar.Então pare de usar ele como desculpa para fechar essa porta ,esqueça isso e não queira coisas demais na sua vida.

Você é uma mulher poderosa e está acostumada a ter o que quer na vida... e não conseguiu o que queria no ultimo relacionamento e isso te deixou toda travada... dessa vez a vida não fez o que você queria .. e nada deixa uma controladora mais puta da vida do que a vida não fazer o que ela quer..."



Profundo né?! O mundo é vasto. Nos resta aproveitar cada oportunidade que nos é dada e fazer dela uma eterna aventura, pois sei que no futuro ainda iremos rir muito dessas histórias e entederemos também que não se deve viver pensando no passado ou no que ainda está por vir...

Devemos viver o nosso presente de tal forma que no futuro ele seja lembrado e apreciado. ;)

Ps: Em breve mais capítulos do Livro "Construíndo um Icoságono".


terça-feira, 18 de maio de 2010

Construindo um Icoságono - Capítulo 4


Não há nada igual ao Forró


Um dia alguém me disse: “você não deve se preocupar com todos os 'se' da vida. Então aproveite e relaxe!”.

Salvador.

Apesar de todas as festas do verão e algumas no inverno, há uma grande quantidade de meses que ficam intercalados entre as extremidades e que precisam ser preenchidos devido ao tédio. Precisamente 6 meses, seis meses ininterruptos de pleno tédio.

Existem pessoas que se contentam apenas com boates e bares, mas às vezes nem estes passatempos são suficientes para satisfazer o meu conceito de diversão. Não que eu seja do tipo difícil de agradar, mas, pelo fato de que venhamos e convenhamos “tunts” no “pé do ouvido” a noite toda, todo final de semana, ou então, ir ao bar, sentar numa mesa, conversar com os amigos, perguntar qual a novidade, ouvir sempre a mesma resposta de que novidade não existe, apenas as velhas, não é lá meu tipo preferido de passatempo. Eu precisava fazer algo novo, alguma coisa diferente, estava disposta a tentar qualquer tipo de atividade exceto academia e suicídio (não são meus esportes favoritos, pelo menos, não que eu tenha imaginado nos últimos tempos). Foi então que eu descobrir o Forró Universitário.

Não foi fácil para eu decidir dançar, afinal, como para qualquer outra coisa, eu sou um desastre total, um digamos assim... Imã para o perigo e na dança não seria muito diferente. Precisei de literalmente umas 10 aulas pra aprender o básico do forró universitário – O giro simples, na verdade precisava-me sentir segura entre o chão e mim mesma para confiar em alguém me girar. Sem muito sucesso. Literalmente eu não nasci para dança, mas eu não queria desistir, era um desafio novo, isso me fascinou.

Começamos a aprender forró com Fabrício, vizinho de Binha e excelente professor, alguém que devo muito, por sua paciência e determinação quando resolveu encarar esse projeto de ensino. Praticamos muito antes de encararmos definitivamente um show e o primeiro local que fomos foi o Empório, uma casa de show situada no imbui onde massapé entre outros grupos de forró costumavam tocar aos domingos, uma boa casa de show, porém muito pequena, além disso, me sentia péssima vendo somente profissionais de dança humilhando quem chegava, eu tinha que aprender aquilo. O forró universitário para quem está de fora pode não parecer um grande feito, mas, para quem está dançando seja lá um xote, um baião ou um xaxado e fecha os olhos, no momento em que está dançando, tudo parece girar ( não é pra menos , você está rodando ) e a sensação é extraordinariamente indescritível, só quem dança sabe o sabor de apreciar esse estilo, na verdade, essa arte.

Os shows no empório costumavam terminar mais precisamente entre onze, onze e meia. Era complicado chegar em casa com o pé acabado,cheio de bolhas, pois no inicio não usávamos sapatilhas, e no dia seguinte encarar uma segunda feira entediante de faculdade, más , isso não foi suficiente para que eu desistisse de dançar.O forró tornou-se um estilo de vida para mim e meus parceiros ( Bárbara , Fabrício , David e Leo ).Começamos a ensaiar pelo menos uma ou duas vezes na semana e praticávamos no final de semana.

Com o tempo todos fomos absorvendo a pratica, elogios foram recebidos e cada vez mais nós fomos aprimorando e conhecendo gente.

É uma boa maneira de conhecer pessoas.

Foi escutando o forró massapé, estilo diferente, novo, que utilizava em um dos muitos instrumentos, o violino, capaz de fazer qualquer pessoa se apaixonar pelo som e literalmente “viajar” nas canções que eu me aprimorei no forró. Eu não fui muito além, se em qualquer parte do dia me encontrasse estressada ,por qualquer motivo banal que houvesse, bastava apenas o som do violino na música “volta” para me acalmar, pelo menos sempre funcionou.

“Se eu pudesse não ter mais que ir embora e tivesse a chance de escolher, trancava o mundo do lado de fora e ficava a noite toda com você. A lua ilumina o céu lá fora, mas convida o sol pra amanhecer e se as estrelas somem nessa hora prometem o teu brilho amanhecer.... Deixa eu ir , não vá chorar, já é difícil vendo só você sorrindo, sonho bom , de se sonhar , a gente sonha mesmo sem está dormindo”

Forró Massapé foi o estopim para meu aprisionamento no forró, pelo seu jeito cativante, igual, mas diferente.

“Me apaixonei por forró e agora vivo só nessa brincadeira”

Afinal,

Não há nada igual ao Forró.

Construindo um Icoságono - Capítulo 3


O Trote

“Assim como o primeiro andador, a primeira bicicleta sem rodinhas, a primeira vez em que irá pegar ônibus sem os pais para proteger, a formatura do terceiro ano, a escolha do curso, a ansiedade pelo resultado do vestibular, a primeira matrícula na faculdade, enfim... O trote. Todos esses processos estão intrínsecos ao ser humano, é inerente ao mesmo. O trote é uma espécie de iniciação. Não a iniciação que falamos acima, no sentido de liberdade. Esta é diferente, é uma maneira de integrar todas as pessoas, para assim aproximar os calouros aos veteranos e vice-versa.”


Quem estuda na Universidade Católica do Salvador ou até mesmo aqueles que não estudam lá, sabem da tradição da mesma no que se refere ao trote, principalmente no tocante ao curso de Bacharel em Direito. Não que os outros cursos sejam desmerecedores, mas, este em especial é o mais descolado e curioso.

Era 27 de agosto do ano de 2008, o sol estava brilhando e o dia parecia calmo, tranqüilo, igual aos outros dias, nada diferente a ser percebido. Exceto por um pequeno detalhe. A faculdade estava vazia, pelo menos era o que parecia, primeiro horário – mesmo sendo primeiro horário, ainda assim para a UCSAL não é desculpa de encontrar poucas pessoas em pleno dia em que todos os semestres têm todas as aulas - de uma quarta feira, não havia quase ninguém na faculdade e isso sim me preocupou.

Avistei de cara Marina, amiga de longa data, estudou comigo durante todo o colegial e por coincidência do destino fomos parar na mesma faculdade e no mesmo curso. Uma grande amiga, exceto por uma coisa, seu signo. Marina é Leonina, esse signo de certa forma me irrita, devido a sua dupla personalidade e não é de estranhar que Marina seja o oposto do que caracteriza o seu signo. Até nisso os leoninos são problemáticos. Bárbara tem uma teoria para isso, Leoninos para ela é como “Kinder Ovo”- Aquele chocolate que sempre vinha surpresa em seu interior -, a cada dia uma nova surpresa diferente, por isso, todos eles deveriam ser exterminados pelo seu alto grau de complexidade e em seu lugar deveria existir um novo signo, menos vaidoso e altruísta. Não penso muito diferente, realmente é uma “raça” estranha.

Se existem várias compulsões em uma mesma pessoa pode-se afirmar sem exagero algum que a minha é Seriado e Signos. Por mais que aja apenas uma possível probabilidade do que esteja escrito em sites de horóscopo, verdadeiramente acontecer, ainda assim eu acredito. E há de quem me convença do contrário. Não é para me entender, apenas é para me aceitar.

- Cadê o pessoal? – Perguntei a Marina, surpresa por encontrar poucas pessoas na faculdade.

- “vixi” Moni, é mesmo, tem pouca gente aqui, o que será que aconteceu? – Respondeu-me surpresa também.

- Será que não vai ter aula hoje e o pessoal sabia e ninguém nos avisou?

- Genteee...hoje deve ser o trote, repare bem, os meninos não estão aqui sentados no pátio, não estão em lugar algum,hoje é o dia em que a faculdade fica lotada, deve ser hoje, escreve o que eu to te dizendo – Respondeu Bárbara subitamente.

Não mais que de repente ouve-se uma gritaria vinda em direção ao pátio, todo mundo olhou para vê o que estava acontecendo. Nesse instante aparece a comissão do trote, cada um deles vestidos com a roupa que o particulariza, ou seja, camisas padronizadas com o ano e o semestre do trote – esse seria o 2008.2 -, afinal, é um momento único de se vê e apreciar, er... Apreciará aqueles que estarão de fora, porque os que serão iniciados é uma sensação , digamos, nada agradável, porém tolerável.

Esse trote tinha algo em especial, Eric, o primo de Bárbara que veio de Juazeiro, passou no vestibular da Católica e veio morar em Salvador. Eu não perderia esse momento por nada. Se lá eles fizeram minha iniciação, agora era a minha vez de dar o troco.

Os veteranos subitamente colocaram todos os calouros em suas respectivas salas, alguns veteranos ficavam do lado de fora para não deixar passar ninguém e não ficar entrando e saindo concomitantemente. Por um breve momento houve silêncio. Os veteranos então explicaram a razão do trote e fizeram uma lista de presença para ver quem iria cooperar ou não. Alguns saíram porque não quiseram participar, outros ficaram para ver o que poderia acontecer – risos – o que mais poderia acontecer a não ser o sofrimento aparentemente eterno? – experimente tomar um trote, a sensação que passa é que nunca vai acabar - Pelo menos é melhor cooperar do que se tornar calouro Rebelde – Uma espécie de calouro que não contribui com as expectativas dos veteranos e por isso, sofre conseqüências drásticas, mas nada muito grave -.

Nesse mesmo momento, eu e Bárbara entramos de sala em sala e registramos cada momento com a máquina, filmes foram feitos, fotos foram tiradas, parecia que estávamos em um filme de terror, todos com tinta de variadas cores pelo corpo e com uma mistura de: café em pó, água suja, farinha de trigo, ovos, entre outras coisas que poderia até se transformar em ingredientes para a confecção de um bolo.

Separamos os calouros, - Feminino de um lado, masculino de outro – e automaticamente demos inicio as “brincadeiras”, começamos por “vivo – morto” e terminamos em rixa de calouros, claro, tudo na esportiva. Amarramos os calouros na corda, um atrás do outro, presos pelo short, os que não possuíam lugar para prender, era conseqüentemente amarrado na roupa intima mesmo, - a gente se virava com o que dava - e levamos todos para fora, fizemos um tour pela faculdade – afinal o momento de terror das tintas já havia passado, só faltava agora à humilhação de sair nesse estado pelas ruas e ouvir crianças menores que você perturbando e torrando sua paciência até o local em que se instalava o bar.As vezes ficávamos calados porque um dia eles saberiam que a vez deles iriam chegar, ou não. – e deixamos todos no estacionamento. Lá alguns veteranos estariam esperando com o carro de som na frente, tocando as mais variadas musicas, - cada uma mais apelativa do que a outra, como sempre, predominava pagode e axé, - só esperando para poder armamos o nosso bloco de carnaval.

Sim.

Bloco, pois os veteranos estariam dentro como se fossem os foliões e os calouros seriam os cordeiros e teriam que tomar conta de nós todos.

Passado esse momento de humilhação completa, levamos todos para ir ao encontro da felicidade: o bar, afinal eles precisavam se “hidra-álcoolizar” e nós também, pois não foi brincadeira tomar conta de 180 calouros em baixo de sol quente.

É muito cansativa essa vida de Universitário, mas o que importa nisso tudo é que os calouros foram batizados, voltaram para suas respectivas casas já à noite, porém felizes e sem reclamação alguma, afinal o momento pior já havia passado, o que poderia ser pior do que o trote? Somente passar o resto do primeiro semestre jogando dominó na faculdade, ou melhor, esperando a boa vontade de um veterano lhe convidar para participar de algum campeonato.

Essa era outra tradição da Universidade Católica, o Dominó, quem entra na faculdade tem que passar pela matéria Introdução ao estudo do Dominó, claro, que é uma matéria , assim como qualquer outra da grade e requer atenção e disciplina ,caso você falte por muito tempo é automaticamente colocado de quarentena. Não é muito difícil passar nessa matéria, basta tomar gosto pelos estudos, claro, da gênese do dominó. Passando essa matéria os calouros pegam Dominó I, Dominó II, Dominó III, e por fim VAP – “Vagabundologia” aplicada ao Direito, até que, passadas essas matérias certamente você deixa de ser um Calouro ou Pseudo Calouro e passará a ser um Veterano.

Eu tenho plena convicção que esse dia não será esquecido de suas respectivas cabeças pelo resto de suas vidas ou até mesmo enquanto seu curso durar.

A vida não pode ser sempre a festa que esperávamos, mas, enquanto estamos aqui, deveríamos dançar

E por falar em dançar....

Construindo um Icoságono - Capítulo 2


E quem sabe o futuro vem hoje?

Tudo corria bem, as notas na faculdade estavam ótimas, - apesar de todo final de semana a gente sair -, eu não pensava mais em Mcdreamy (não pelo menos, constantemente), tampouco em meu Ex namorado, afinal, esse ultimo foi o mais fácil de esquecer e o mais longo e único namoro em que tive. Já tinha me acomodado com o fato de sua presença ter se tornado um transtorno para mim e o término foi apenas um grito desesperador de alívio que senti nada mais, além disso.Não o culpo pelo que aconteceu. - na verdade o agradeço, sem hipocrisia - pois este foi o fato gerador que me fez acordar e perceber que a vida é muito mais ampla do que a gente pensa e que lá fora as possibilidades são inúmeras.Eu tenho o mundo inteiro em minhas mãos e para conquistá-lo basta só querer.

A minha volta para Salvador resultou em comentários durante vários e longos dias. Pessoas queriam saber como foi, o que fizemos, e se eu estava bem. Realmente me sentia diferente, era uma sensação inexplicável, me sentia em paz. Minha amizade com Bárbara tinha se solidificado a tal ponto que ficamos melhores amigas e por isso fomos alvos de bajulação e certamente um estímulo para voltar à faculdade, depois de um longo domingo, pois, éramos populares e qualquer coisa que fazíamos no final de semana, todos ficavam sabendo e se surpreendiam com o fato de fazermos tanta coisa em apenas 72 horas. Não fazíamos o que estava na moda, apenas o que nos dava vontade, foram nossas pequenas loucuras que proporcionaram sensatas emoções e por isso, algumas pessoas passaram a nos invejar nos tornando assim alvos de intriga. Sempre haverá alguma coisa pra arruinar nossas vidas. Tudo depende do quê, ou de quem nos encontra antes... Nós estamos sempre maduros e prontos pra sermos levados.

Como desgraça nunca vem sozinha e o diabo sempre manda o advogado para representá-lo, foi nesse mesmo período que recebemos um trabalho para fazer. Até então vocês podem pensar que não era nada demais, realmente, quem nunca cursou Introdução à Filosofia no primeiro semestre do curso de Direito com o professor George Ocohama, não sabe a blasfêmia que está dizendo. Nossas saídas reduziram, porém Jamais acabaram, afinal, diversão era o nosso forte, e quem me “criou” – ou seja, quem me ensinou os mandamentos da liberdade - se surpreendeu por eu ter aprendido velozmente a se enquadrar na sociedade.

O aprendiz tornou-se mestre e ensinou a este como prosseguir. Literalmente eu me mutuei. O legado que me passaram fora ensinar para outrem esse meio de vida, já que estar solteiro não é estado civil e sim estado de espírito. Tornou-se então um projeto, uma meta de vida, eu precisava escolher alguém para iniciar o meu projeto e não acalmaria até conseguir um.

Foi nesse mesmo período que a mais nova boate de Salvador conhecida como Happy News, localizada na orla, próximo ao Colégio Integral, um dos mais belos lugares de Salvador, passou a se tornar o centro das atenções. Ensaios de verão eram o forte dessa boate – era realmente um ótimo lugar para aproveitar as férias, e assim fizemos -, juntamente com alguns DJ, bandas de Axé como Chica Fé, entre outras, passaram a ser o alvo de grande procura pelos jovens da cidade. Em um desses ensaios conheci “McHappy”, parecia que já o conhecia há séculos. Bastou apenas duas horas de show para que seu semblante se tornasse adorável para mim. Era incrível como eu sabia de toda a sua vida sem nunca ter presenciado nada, ali mesmo ele me contou todos os seus feitos. Entretanto assim como McJua, McHappy jamais substituiu o que eu sentia e sinto por Mcdreamy, fora apenas coisa de momento, algo provisório, mas como um paliativo para aquela dor que sentia.

As férias estavam acabando, as aulas iriam retornar e eu precisava arranjar um jeito de passar o tempo e largar todo esse tédio que em mim se instalava. Com Binha em Juazeiro não me restava nada a fazer – não que eu deixe de sair, mas sem ela em Salvador o mal está incompleto e qualquer tentativa de superação se torna inútil, a “Liga do mal” precisa estar reunida para existir e espalhar crueldades, caso contrário seria uma completa falta de “miguxicidade”² - senão assistir seriado. Fora a primeira vez que assistir One Tree Hill em toda minha vida, e como sempre eu me identifiquei. Suas frases tomaram formas e se materializam em minha cabeça tal qual jamais imaginei afinal não se tratava apenas de uma PNL (Programação Neuro – Lingüística), esse seriado passou a fazer parte da minha vida, da minha história, do meu mundo.

Tudo o que eu lutava para esquecer aparecia a cada momento, em cada lugar que eu passava e em cada episódio que assistia sempre me lembrando o que eu mais temia, a minha felicidade.

Não podia fazer nada, a não ser, desistir.

“Nesse momento há 6 bilhões, 470 milhões, 818 mil,671 pessoas no mundo
Algumas estão fugindo assustadas.
Algumas estão voltando pra casa.
Algumas dizem mentiras pra suportar o dia.
Outras estão somente agora enfrentando a verdade.
Alguns são maus indo contra o bem.
E alguns são bons lutando contra o mal.
Seis bilhões de pessoas no mundo,
Seis bilhões de almas...
E ás vezes tudo que nós precisamos é apenas uma”

..Para o bem ou para o mal.



One Tree Hill – 3 Season.

Construindo um Icoságono - Capítulo 1


O Início de um Fim
Quando passamos muito tempo com uma pessoa, seja relacionamento amoroso ou não, realmente perdemos a noção do que acontece no mundo e passamos a viver apenas para aquela pessoa. Eu não era diferente dos demais, apesar de um relacionamento conturbado, (ora brigas constantes, ora pífios momentos de felicidade) vivi todo meu relacionamento sabendo que tudo aquilo que eu fiz foi para o meu próprio bem e faria tudo novamente se preciso fosse, escolheria passar pelos mesmos erros e pelas mesmas atitudes, sem medo de errar. Porém para chegar a essa conclusão e sair de cabeça erguida não foi fácil, passei dias e meses tentando entender o porquê uma pessoa só não era suficiente para outra. Até que, após pensar muito, resolvi desistir e tentar viver uma vida diferente, dessa vez temendo aquilo que eu sempre sonhei: o Amor incondicional.”

Voltei à faculdade, como se estivesse encarando um fantasma, aqueles que eu mal olhava o semblante no início do semestre e era extremamente indiferente, foram os mesmos que me ajudaram no momento em que mais precisei. O companheirismo e a fidelidade de Bárbara me fizeram sentir, repulsa e alívio simultaneamente, talvez seja pelo fato de finalmente encontrar alguém que fosse capaz de me compreender em tão pouco tempo e de me aceitar como realmente sou. Este comportamento me fez retroagir por um tempo e criar coragem para seguir adiante.

- Monique, como seu aniversário está perto, o que você acha de passar ele em Juazeiro? – Perguntou-me Bárbara sorridente e esperançosa para uma resposta afirmativa.

- Não sei, não. - respondi sem entender ao certo o que aquela pergunta queria dizer ou até mesmo se faria sentido viajar para um lugar desconhecido, pelo menos para mim, e o fato de me distanciar das pessoas que eu amava me fazia sentir um certo enjôo.


- Vamos, vai ser massa, e a gente precisa fazer a sua iniciação! – Iniciação? – perguntei, mas com medo da resposta, por um breve momento pensei que iria fazer parte de alguma seita e que estaria indo para algum lado, não poderia prever qual.


- Meu Deus, Você nunca ouviu falar em iniciação? Quando alguém fica solteiro, para comemorarmos a liberdade da pessoa fazemos uma iniciação na vida. É como se fosse uma espécie de ritual de passagem, desta vez, para uma vida sem compromisso e responsabilidades secundárias. – Respondeu entusiasmada.


Outubro era o meu mês preferido, afinal é o meu aniversário e não é todo dia que as pessoas completam dezoito anos. Dessa vez eu tinha que ser ousada e teria que abusar, inovar, fazer diferente, afinal, era a idade que mudaria a minha vida, dezoito anos, não são dezoito dias, eu estaria totalmente responsável por minhas ações, segundo o código civil de 2002. Então porque não arriscar? O que estaria perdendo? – Vamos sim! – Disse, sem arrependimento posterior.


Juazeiro, a princípio me parecia uma cidade monótona e pacata, assim como qualquer interior. Engano meu. Assim que desci do ônibus, a mãe de Bárbara estava nos esperando para receber-nos de braços abertos. Cumprimentamos-nos e fomos diretamente para o bar em que seu pai trabalha, um bar como qualquer outro de cidade de interior, não muito luxuoso, porém com aquele aspecto familiar que faz a diferença. A cidade em si é muito arborizada, conheci o rio São Francisco que divide Juazeiro de Petrolina, e no tocante às pessoas não deixam a desejar, todos eles são muito calorosos e receptivos, me senti em casa. Jamais imaginei em toda minha vida que ficaria em um lugar por um determinado tempo e não sentiria falta da minha casa, de meus pais e do meu cachorro Scooby, Ah Scooby, de repente senti uma nostalgia.


O dia tão esperado finalmente chegou e eu acordei, numa manhã de sol quente (clima típico de Juazeiro). Nos reunimos para tomar café, após isso, ficamos aproveitando o restante do tempo na Sky, o que não é de se estranhar se tratando da minha pessoa. Seriado sempre foi o meu ponto fraco, não precisa me conhecer de longa data para saber o quanto eu me sinto bem ficando doze horas ou mais na frente de um computador, assistindo às mais variadas séries, sobre os mais variados temas. ( não é a toa o título do Blog) Talvez essa compulsão seja devido às histórias dos protagonistas serem semelhantes à minha vida e eu tome como espelho o que eu malmente saberia digerir, ou, até mesmo seja pelo fato de eu criar um bloqueio entre minha realidade e o que eu realmente queria que acontecesse comigo, e só de pensar nisso, me sinto enojada.


Bárbara, percebendo então a minha fixação por seriados, resolveu tirar-me dali para podermos aproveitar esse sol maravilhoso de Juazeiro, então, fomos conhecer a cidade. Ela mostrou-me pontos turísticos extraordinários, mas honestamente tenho uma vaga lembrança desses acontecimentos. Não, não tenho perda de memória latente, apenas uma pífia lembrança do que realmente aconteceu.

“Os acontecimentos a seguir delatados foram comentários feitos por pessoas que presenciaram o momento.”.

Num certo bar, localizado na orla de Juazeiro, resolvemos comemorar o meu aniversário de dezoito anos.

- Monique? – Era a voz de Binha me chamando pra realidade, eu estava em transe, pensativa, tentando compreender onde eu estava e porque eu estava ali, até então essa idéia de viajar me pareceu absurda, mas como disse antes, sem arrependimentos, afinal o que tem que ser, será – Quero que conheça meus amigos Deko, Adelmo, meu primo Eric e minhas primas Manu e Tana. – Corei um pouco, encabulada, mas não o suficiente para ser notada por ninguém além de mim mesma.

Sentamos próximo a um banco em frente ao bar. Se existem momentos na vida em que você irá parar pra pensar e estar convicta de que “Foi ali que tudo mudou!”, certamente esse era o meu momento, pois a partir desse dia eu já era outra pessoa. Não sentia nada, nem medo, nem ansiedade, tampouco nostalgia, apenas queria viver intensamente o presente e aproveitar cada momento com os novos amigos.

O ambiente estava tranqüilo para um bar, até que Eu (segundo depoimento de algumas pessoas) após ter ingerido umas seguidas doses misturadas de Vodca ( Orloff – penta destilada) , Cerveja e uma mistura inóspita ,na qual eu não me recordo, tampouco os que ali estavam, resolvi mostrar a minha destreza na dança, ao escutar uma música que na época o tema ficou em primeiro lugar como a música mais tocada , por ai já se pode concluir o nível deplorável em que me encontrava.Seu título era Não vale mais chorar por ele, e com movimentos repetitivos, a empolgação tomou forma e se materializou sob a minha pessoa , então, em um súbito momento de felicidade provocada pelo álcool - se tem uma coisa em que o efeito do álcool é capaz de provocar, certamente é o estimulo social - ,levantei-me da cadeira , coloquei a mão esquerda na cabeça, a direita na cintura e realizei movimentos bruscos até o solo.Em um desses rápidos movimentos cai feito “jaca no chão” e a dança para essa música ficou conhecida em Juazeiro, acompanhada da seguinte frase : “Essa Monique é brincadeira rapaz? É nada!!!”

Com o passar das horas, resolvemos voltar para casa, para poder continuar a comemoração na boate, fomos embora a pé, pois ninguém tinha condições reais e até lógicas de dirigir, eu, muito menos, pois na época nem alcançava o pé na embreagem e considerando o meu estado psico-social, era muito mais prudente que eu fosse carregada. Não foi bem assim que aconteceu, o combinado era sair cedo, saímos de lá já de noite, ou seja, tomamos café-da-manhã, almoçamos , lanchamos e quase jantamos no mesmo bar. Eu, Eric e Binha, saímos abraçados para um não perder o outro de vista e conseqüentemente tropeçar na rua, era para pelo menos ser assim, até que após andar 300 metros ,Eric olha para Binha e diz : - Acho que está faltando alguma coisa!, Cadê aquela sua amiga Monique? – E de repente Binha olha para ele , com um ar de preocupada e subitamente olha para trás tentando entender o que realmente aconteceu,foi quando me encontrou, olhando para o chão, suplicando mentalmente por socorro, posterior uma topada em uma pedra aparentemente insignificante, porém com um estrago irreversível – Tô viva! Uma ajuda aqui seria muito humilde da sua parte – Respondi, toda dolorida, - Eles não sabiam onde enfiar a cara de tão desesperados que estavam, era sem dúvidas, a primeira vez que aquela pobre criatura havia ingerido álcool na vida em proporções exorbitantes, e não é de se estranhar que fora batizada em uma terra chamada Juazeiro da Bahia.

Chegamos na casa, e foi só o tempo para tomar um banho, comer alguma coisa e sair novamente para o Depósito ( Boate famosa em Juazeiro), esse era o ritual de quem já era acostumado com essa vida lá, más Binha tinha razão , fora a primeira vez na vida em que eu tinha bebido e tudo o que eu queria no momento era encontrar uma cama , descansar e dormir.E foi o que eu fiz.Acordei com uma baita dor de cabeça insuportável, parecia que não tinha dormido à dias. – Seja bem vinda, hoje você é uma de nós – Ouvi uma voz, aparentemente pensei está tendo alucinações, mas logo depois a voz foi tomando forma e eu reconheci , Era Binha, pedindo para eu me arrumar, pois iríamos para uma noitada em Juazeiro. Pensei comigo mesma, como aquele povo tinha tanta energia disponível para gastar em um só mísero dia?

Não consegui acompanhar o ritmo. Minha cabeça doía e ainda assim, tomei um banho, me arrumei, tomei Tylenol e saí para conhecer o tal Depósito. Afinal, o que conta é a coragem para seguir em frente. Chegando lá, conheci mais novos amigos de Binha, eu realmente parecia ser o centro das atenções, afinal eu era natural de Salvador e o povo daqui tem certa fama em qualquer lugar que vai, de ser sempre bem recebido.

Foi aí que conheci “McJua”. (in memorian) Ele era diferente dos outros meninos, fora alguém com quem realmente me identifiquei, não era amor, não era como eu me sentia quando estava conversando com “McDreamy”, – Depois falarei sobre ele – a sensação era outra, pode-se dizer prazerosa, tínhamos algumas semelhanças, isso me chocou. Mesmos cursos, mesmas idades e o fato de residir em Salvador contribuíram bastante. Entretanto o que mais me chamou atenção foi justamente o seu nome e o jeito como me olhava. Tão doce e gentil que me fez realmente sentir-se desejada. Até então não tinha percebido que havia um interesse mútuo, somente após ele pedir o meu telefone é que realmente identifiquei uma possibilidade real de uma conquista e certamente com êxito. Foi ai que percebi que estava interessada após muito tempo - afinal precisava superar Mcdreamy-. Sentamos todos na mesa e conversamos, esperando dar o tempo certo, ou seja, meia noite, para poder entrar e desfrutar da boate. Quando a hora finalmente chegou, todos entraram na boate para aproveitar a noite, pode-se dizer que ali tão subitamente eu e McJua nos beijamos pela primeira e única vez.Não é que o beijo tenha sido ruim, é que apenas ninguém substituiria o que eu sentia, por mais que tentasse procurar outros , era ele que vinha em minha mente - mas não, eu não podia pensar nele mais, ele estava namorando, teria que agüentar - .Todavia quando McJua foi embora, ainda sob influência do álcool, não conseguir mas recordar de nada, eu tinha vagas lembranças do momento em que passei aquela noite.

Acordei pela manhã deitada no banco do Depósito com a cabeça apoiada como se fosse travesseiro, - não muito confortável, porém não tinha do que reclamar, alguém realmente havia tomado conta de mim enquanto eu estava dormindo e eu teria que ser realmente grata por isso - no colo de um dos amigos de Bárbara e queixando-me de Cólica “das brabas” levantei-me e agradeci por passar a noite toda cuidando de mim. Eram sete horas da manhã quando chegamos em casa e fomos dormir.

Lamentavelmente chegou o dia da despedida e foi quando eu conheci uma pessoa mais idiota do que eu, não, não estava refletindo minha própria imagem no espelho, apenas conheci outro amigo de Bárbara. Este se chamava Riquinho. Ele não era rico, como jus ao apelido, e sim o seu nome era Carlos Enrique. Com ele percebi que em toda relação interpessoal, alguém sempre se dá mal, conquanto que essa pessoa não seja você. Se você está em uma maré de azar, é por que realmente não conheceu essa figura. Não existe pessoa no mundo com mais falta de sorte do que ele. Parece que tudo conspira contra a sua vontade e nada dá certo.

Despedimos-nos de algumas pessoas e voltamos para Salvador, aquele lugar definitivamente é abençoado e a experiência que passei foi única e incrível. Quando a vida lhe oferece um sonho muito além de todas as suas expectativas, é irracional se lamentar quando isso chega ao fim.

“Mesmo que o dia seja perfeito, sempre tem um fim.”

Todavia, algumas coisas não precisam mudar.

A estrada é longa e no fim a jornada é o destino.


Olá a Todos...

Sejam bem vindos ao meu Blog.

Antes de começar a escrever sobre minhas histórias,vou explicar para vocês o porquê deste título. "Previously on Monique's Life" que em português significa "Anteriormente na vida de Monique". É basicamente uma comparação às Séries de Tv onde cada temporada é dividida em episódios de tirar realmente o fôlego da gente.E assim é minha vida... cada momento que passo, cada sentimento, cada emoção é como se fosse uma temporada de seriado que causa impacto não só para mim como também para quem acompanha de perto.
Será aqui, neste espaço, que compartilharei esses momentos, essas emoções...minha vida com vocês.

Entonces... Ojalá te gusten!
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